No último dia 23 de abril, o Rio de Janeiro se tornou, oficialmente, a Capital Mundial do Livro, título concedido pela Unesco. A cidade é a primeira de língua portuguesa a receber o reconhecimento. O título da Unesco destaca a importância da leitura e da produção escrita para a construção de uma memória coletiva e para revelar realidades da cidade e do Brasil que, através dos livros, passam a ser vistas por todo o público.
Em razão da conquista, a cidade contará com uma ampla agenda de eventos e iniciativas voltadas à formulação de novas políticas públicas para o livro e a leitura. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, comentou sobre o evento:
– É muito importante esse título, tem um valor simbólico imenso. O Rio é a primeira cidade de língua portuguesa a assumir esse papel. Tem toda uma história de o Rio ter sido capital da Colônia e do Império. A cidade tem o Real Gabinete Português, um tesouro do Rio, a Biblioteca Nacional, a Academia Brasileira de Letras, os grandes escritores brasileiros baseados aqui. É um ano para celebrar a leitura, para se criar mais o hábito da leitura. Vamos ter a Bienal do Livro, pela primeira vez o Prêmio Jabuti na cidade, ao longo do ano nas estações do BRT as pessoas vão poder pegar livros deixando outro fazendo a troca, além das políticas públicas da Secretaria de Educação para toda rede municipal de ensino. Então é um ano especial, o Rio já foi capital do G20 ano passado e será do Brics este ano – afirmou Eduardo Paes.
As cidades nomeadas Capital Mundial do Livro pela UNESCO se comprometem a promover o livro e a leitura para todas as faixas etárias e grupos sociais, dentro e fora das fronteiras nacionais, e a organizar um programa de atividades para o ano.
Como a 25ª cidade a ostentar o título desde 2001, o Rio de Janeiro segue Madri (2001), Alexandria (2002), Nova Deli (2003), Antuérpia (2004), Montreal (2005), Turim (2006), Bogotá (2007), Amsterdã (2008), Beirute (2009), Liubliana (2010), Buenos Aires (2011), Erevã (2012), Bangkok (2013), Porto Harcourt (2014), Incheon (2015), Breslávia (2016), Conacri (2017), Atenas (2018), Xarja (2019), Kuala Lumpur (2020), Tiblíssi (2021), Guadalajara (2022), Acra (2023) e Estrasburgo (2024).
O Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro da UNESCO é formado por representantes da Federação Europeia e Internacional de Livreiros (EIBF), do Fórum Internacional de Autores (IAF), da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas (IFLA), da Associação Internacional de Editores (IPA) e da própria UNESCO.